Horizonte Infinito






A CHEGADA A ESTA TERRA



O FOGO DA VIDA


Uma Chama foi acesa
No meio da fria escuridão.
E agora todos os seres estão
Adorando-A, pois, essa Chama
É o fulgor de suas Vidas.


Essa Chama chama a todos
A contemplar a Grande Fogueira,
A qual arde por toda a Vastidão
E infesta os seres com a Sua Luz,
E então, dançam com Incrível Paixão.


(...)


Fogueira Radiante, de Luz e de Ação,
Voas no alto, no chão deslizas,
Nadas no mar, na areia sopras,
Brilhas no sol e queimas e queimas...
Por Ti sou chamado, acendo essa Chama.
Luz de Vida e Árvore de Iluminação,
Sol do Querer e Luar da Paixão,
Fogo e Fogueira, Incêndio de Amor
A incendiar o Espaço com Vida.






VIVER BEM


Viver Bem ao Som do Mar
E á Luz da Eterna Luz
Do sol que ilumina
Todo o meu Ser,
Você e todos também.
A Natureza criou o Esplendor
E doou ao homem: O Seu Amor.
A lua, o luar, estrelas no céu
A brilhar, os pássaros a entoar
Cânticos, verdes matas
E um mar azul...


... E o Amor,
O Amor que faz voar
O homem para longe
Da ignorância.
Então, vamos amar
A Terra e a Vida,
E Viver Bem.






ALEGRE VALSA


Ao som do mar
O vento balança as folhas
Que são veneradas
Pela luz do sol.


Vislumbrados com o luar,
A revoada dos pássaros ruma
À ilha delineada de areia,
Branca e de um lindo verde.


Espumas brancas das ondas
Levantam doces gotas no ar,
E se juntam ao acaso,
Num Eterno Abraço.


Linda visão do acaso
Que desperta aves sonoras
A cantar alegres prelúdios
Que faz dançar a d’ Alva.






DOCE NÉCTAR, NATUREZA


Rosa Clara e Água Cristalina,
Negra Flor Lilás,
Pura Tez, Manhã,
Noite Calma e Alva Neblina.


Ondas Tensas e Sereno Lago,
Pureza Bela, Cor,
Beleza Pura, Flor,
Lua Nova e Velho Prado.


Doce Néctar, Natureza...


Raios de Luz e Poente Sol,
Lindos Cânticos, Pássaros,
Verdes Brilhos, Arvoredo,
Imensidão Azul e Pequeno Atol.


Duras Pedras e Altos Rochedos,
Som Tranqüilo, Orquestra,
Idos Brilhos, Estrelas,
Infinita Montanha, mas, Simples Penedo.


Doce Néctar, Natureza...






ESTAÇÃO DA VIDA


Tu lembras quando viestes para cá?
Foi uma longa, porém, Linda Viagem.
Fostes bem cuidado e bem alimentado,
Não te faltou Carinho e te deram Amor.


Quando chegastes nesta Estação,
Saltastes do Trem chorando.
Porém, outra vez te deram Amor
E te sentistes bem cuidado.


Depois o Tempo passou e começastes
A perceber onde tu estavas vivendo.
Os cuidados rareavam à cada dia
E notavas muitas coisas erradas.


Colocaram um livro sob teus braços,
Colaram uma bandeira em tua testa,
Entregaram uma bússola em tuas mãos
E te iludiram com muitas promessas tolas.


Tu continuavas a notar que tudo
Isto estava errado, e achavas
Triste a Vida passar nesta Estação,
Pois, coisas eram erguidas
E pessoas desmoronavam.


O Tempo continuava a passar,
A passar sem cessar.
Tu cada vez mais aprendias,
Aprendias com as coisas que vias.


E aconteceu que um Dia, uma Pessoa
Com grande Sabedoria veio a ti
E te disse que o mesmo Trem
Que um Dia te Trouxe para cá,
Também um Dia te trouxe te buscará de volta.


E começastes a Ver o que É.
Queimastes o livro que te deram,
Deslocastes a bandeira de tua testa,
Atirastes fora a bússola que te emprestaram
E despertastes para a Vida Real.


É daí em diante passastes a viver
Tua Vida com muita Felicidade
E sem nenhum medo de enfrentar
O Trem vindouro.








O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA






MENINO DORMENTE, ACORDE AO BATENTE


Um menino vagueia atordoado,
Pois, em sua cabeça há muitas
Ilusões: Perguntas.
Antídotos cruéis e gélidos
Sermões: insanas respostas.


Numa encruzilhada erra
O caminho: A velocidade
É o que importa para ele,
E não o meio.
Curvas longas e retas
Mortas: Calafrios.


Saber emprestado do querer
Prematuro, covardes pauladas
Na mente e insônia: Demências.
Indomadas febres e andança
Errônea: Falsas carências.


Pit-stop noturno da mão
Calejada, perigosos penhascos,
Abismos da dor: Horrores.
Calor e vibração, prazeres
Da Cor: Longícuos clamores.


(...)


Discípulo do nada, sem eira nem beira,
Apague essa estrada e sacode a poeira.
Esqueça as pedradas e levante contente,
Esmere a Calçada do Lindo Batente.


Menino dormente da cara amarrada,
Domine a serpente a Risada.
Acorde ao presente e levante teu Semblante,
Enterre a Semente do Amor Infestante.






AGORA OU NUNCA


Há pessoas que buscam sonhos tolos,
E vivem a alimentar tais sonhos
À cada dia esperando por eles
E perdendo os Momentos da Realidade.


Há pessoas que se enfeitam
Por longos dias, esperando
Ansiosamente poucos segundos
De uma falsa felicidade.


Há pessoas que se atormentam,
Pois, querem sentir-se seguras.
Por causa da ignorância se atropelam
Investindo em insegurança.


Há pessoas que se entristecem
Buscando falsas alegrias,
E à cada dia vivem chorando
A perda daquilo quê nunca perderam.


(...)


No rumo desta estrada
Não sabemos quando
Haverá pedras no Caminho,
Nem sabemos quando
O Vento moverá moinhos.


O quê temos Agora
É este Tambor Encantado
A soar constantemente
A Sua Saga Melodiosa.


Então, ouça Agora
E não espere, ouça
Antes que tudo
Esteja acabado.






DESTRANQUE TUAS GRADES


Adiante Seres Humanos,
Quebrem tuas correntes,
Liberte aquela Semente
E olhe sempre à frente.


Num céu do Interior
Encontrarás tua Fonte.
Então esqueça o ontem
Contemple o teu horizonte.


No Raiar de um Novo Dia
Cada dia é novo.
Então deixe de besteira,
Não fique aí de bobeira.


O quê é errado hoje
Amanhã pode estar certo.
Não queira ser uma múmia
Num caixão empoeirado,
Pois, o Tempo está passando,
Então não fique aí parado.


Alegria você quer,
Alegria você já tem.
Também tens a tua Chave
Para abrir tuas algemas.


Vá, destranque tuas grades
E liberte-se da prisão.
Pois, o tempo tem você,
Nunca tens o Tempo, não.






DEUS E O DIABO – A BATALHA


Deus e o Diabo
Travam constante batalha.
Deus está tranqüilo,
Enquanto o Diabo
Está sempre desesperado.


Deus e o Diabo
São a Grande Batalha
Entre o mundo da navalha
E a terra do Sorriso.


Deus e o Diabo
Estão presos num calabouço.
Ainda assim, Deus está pairando
Sempre livre, enquanto o Diabo
Se aflige por uma falsa liberdade.


E Eu, preso e perdido
Entre eles, carrego
Em meu Coração a Chave
Que pode abrir a Porta
Da libertação Daquela que traz
A Verdadeira Consciência.






ESTRADA SEM FIM


Não tem pé nem fundamento
O quê dizem por aí,
Que o Amor chegou ao fim.
Não é nenhuma novidade
O mundo ser cheio de ilusões,
Pois, existe o não e o sim.


Mas, o que Eu tenho a lhe dizer
É que o Amor nunca tem fim.
Deixe o Amor chegar e nos guiar
Como deve realmente ser.
Deixe de lado os tropeços e ande
Nas Curvas e Retas da Estrada Sem Fim.
Aprenda a viver no Sentimento do Coração,
Deixe viver em Sentimento
O Seu Coração.







O DESEJO DO CORAÇÃO





POR FAVOR, EU TE PEÇO


Ó Rio da Vida que corre
Para o Oceano da Beleza, dai-me
Da Pureza de Tua Água, pois,
Não quero beber da água poluída
Dos rios da cidade do ódio,
Que cheira à flores
Apodrecidas pelo descuido.


Ó Chuva de Amor que cai
Do Céu Límpido do Coração,
Encharca-me com as Águas
Da Verdadeira Devoção,
Para não cegar meus olhos
Diante dos brilhos
Falsos das estátuas.


Ó Luz de Saber que irradia
Das Divinas Cores do Paraíso,
Ilumine o Caminho de minha
Existência, pois, não quero
Me perder em labirintos
Selvagens e becos escuros.


Ó Brisa Suave que sopra em meu Ser,
Abraça-me com Teu Aroma Sutil,
Envelhecido de tanta Compaixão,
Para que a fumaça da inconsciência
Não sufoque a Garganta do Entendimento.


Ó Música Celestial que tocas
Na Alma Sagrada da Natureza,
Agracia-me com a Tua Melodiosa
Serenata que cantas da Alma
E ecoas no Universo, para que
Meus ouvidos não estourem
Com o farfalhar idiota
De fábricas de desesperos.






MÃE DA AURORA


Fina Flora, Mãe Senhora e Mãe da Aurora,
Despertai esse Sol dentro de mim,
Perfuma-me com Tuas Flores,
Permita-me provar Teu Néctar
E deliciar-me com Tua Música.


Quero festejar em Tua Mesa,
Aurora dos Sonhos,
Quero cantar os Teus Salmos
Primavera das Flores,
Senhora e Mãe da Aurora.
Não permita que eu seja um fruto amargo
A ser evitado por todos, for favor,
Não permita que eu seja uma folha seca,
Fraca e descolorada, à mercê dos ventos
E das pisadas cruéis.


Oh! Fina Flora, Tu que és Mãe da Aurora
E do Entardecer, Mãe do Sol e das Estrelas,
Guardiã do Céu e da Terra, tenha piedade
De mim que sou criança e necessito Teu Colo,
Preciso do Teu Afago e de Tua Compreensão.


Me perdoe pelo choro de minha tristeza,
Pois, somente quero estar contigo
Nesta Hora tão Simbólica,
Agora e para todo o Sempre.






LUA DO AMOR


Lua Mágica de Cristal Sólido,
Manto Dourado no mar esbanjas.
Lua de Paz, de Amor e de Confiança,
Vem iluminar meu Caminho.


Lua Dengosa e Primorosa Flor - de - Luz,
Estás a nos rodear a Todo Instante.
Lua Amiga que espalhas Afeto,
Vou contigo recitar a Vida.


Lua Nova, Antiga e Infinita,
Almejada por todos os Seres Humanos.
Lua de Glória e Rainha de Luz,
Quero Te adorar ao Luar e cantar.


Lua Semente de raios Siderais,
Flor do Universo onde pairas Triunfante.
Lua vertente de Incrível Neônio,
Quero banhar-me com o Teu Luar.


Lua Amante do Amor e Trigueira,
Semblante de beleza, és Pura Nobreza.
Lua Amável de Áureos Tesouros,
Vou ao Teu Lado sem medo e sem pressa.


(...)


Lua do Amor vem me buscar,
Me leve aonde moras.
Lua do Amor vem me buscar,
Me leve para o teu Amor.






HOMEM DO MAR


Homem do Mar,
Tua Coragem de navegar
É como chuva a cair do céu.


Ondas balançam o Desejo
De Teu Coração
De querer navegar ao léu.
Tua Sabedoria manda
Em todos os portos que andas.
Este teu dom abate o fel.


Homem do Mar,
Encolhes a Rede a cantar.
No Mar és como abelha no mel.


Homem do Mar
Guiado pelas estrelas ao luar,
Vais tocando tua Embarcação.


Sem medo de tormentas,
A fúria de ondas rebeldes enfrentas.
Teu barco de aço não se quebra, não.


No Mar vais contente,
Desde o Nascente ao Poente,
E à noite junto da escuridão.


Homem do Mar,
Nunca para de Navegar,
Não entristeça teu Coração.






TUDO O QUE EU QUERO


Eu quero para sempre
Estar neste Momento Gracioso
Que nos é dado com Imensa Bondade.


Eu não quero me esquecer
D’aquele que me faz lembrar
As Lembranças que marcaram
Para sempre meu Caminho,
Esta Vida Encantada que tenho.


Não quero me esquecer
Que desde muito Tempo
Me chamaram para evocar
Os Santos Mistérios da Vida.


Mistérios que se aclaram
Á cada dia que estendo
Minhas mãos à própria Vida.


Não quero me esquecer
Que o Amor é uma Realidade,
E é Sólido, Puro e Verdadeiro.


O Amor não é quimera,
Nem fantasia e nem ilusão.
O Amor é vivente à cada Momento
À cada rajada de vento, á cada pingo
De chuva, à cada Coração batendo...


O Amor é tudo para mim,
É Tudo o que eu sempre quis,
É Tudo o que eu quero
Para sempre.






AMIGO


Sabe, quero te falar
A História de um Rapaz.
Ele não nasceu para chorar,
Mas, gosta muito de cantar
E tocar seu Violão
Na praia ou no calçadão,
Sem nenhuma preocupação.


Vive do que ganha para Viver,
Sebe que esta Estrada não tem fim.
Ele quer é Viajar, Conhecer bem
O Seu Verdadeira lar, fazer
Novas Amizades e sair detrás
Destas grades.


(...)


Vá meu Amigo, vá Viajar,
Sorrir, Chorar, Sonhar e Cantar
Ao Prazer de Amar.
Mas, esteja sempre em Teu Lugar,
Com toda a Tua Tranqüilidade
Contemple este Maravilhoso Mar
Aí de Tua Praia.






LÁ ONDE PÁIRAS


Lá onde pairas quieta,
Onde reinas absoluta,
Onde brilhas radiante,
Onde voas exuberante,
Onde navegas decidida...


Quero estar ao Teu Lado,
Eu calado com Teu Canto,
Encantado com Teu Beijo,
Eu amando o teu Olhar e
Te sentindo quero estar.


Lá onde páiras fulminante,
Onde vives eternamente,
Onde choras apaixonada,
Onde sorris alegremente...






ALÔNCIO JUSTINO


Alôncio Justino, Lavrador,
Vai plantar Sua Semente
Em solo Fértil, no Leito
Deste Rio que não pára,
Onde o Sol bate
A todo Instante,
O Vento é uma Brisa Serena
E a Água cai tão delicada.


Em Solo Fértil
Onde não há pragas,
Nem a terra traga
Com suas pedras.


Alôncio Justino, Pescador,
Vai jogar Sua Tarrafa no Mar Calmo,
Na Boca do Rio que não pára,
Onde as Ondas não assustam,
O Mar sempre te peixe
E a Rede não é furada.


No Mar Calmo
Onde a Canoa não vira
E o Pescador nunca tem medo.






REBUSCAR


Acompanhar a Vida e traçar Seu Caminho,
Enaltecer por não estar sozinho.
Buscar e Rebuscar e Ser
E sentir a Razão de Viver.


Carinhos Sinceros liberam
A esmo o Eterno Viver.
Querer o Querer e obter,
Se atrever nas Chamas que chamam.
Conter a demente loucura
Praticando o Silêncio e a Ação
Sustentar a Latente Bravura
Com Amor ao perdão e a paixão.






QUERIDO SER HUMANO


Não estás contente com os frutos
Dos teus cansativos labores,
Pois, tais labores não são teus frutos.
Estes foram atirados em ti como ervas
Daninhas a enfraquecer Tua Árvore.




Tais frutos azedos estão apodrecendo
E nem mesmo o Suor de Tua face
Pode regar estas plantas daninhas
Descoloradas e de frutos amargos.


O Suor de Teu Trabalho é abençoado
Quando sabes que o mesmo sol que nasce
Todo dia também se põe.


As Mãos com as quais tateias são abençoadas
Quando sabes que a mesma criança
Que hoje chora pelo leite, um dia
Será um velho segurando uma bengala.


Os Olhos com os quais vês são límpidos
E brilhantes quando sabes que a mesma
Água que está no mar, também está no céu
Esperando o Tempo certo para cair.


Os Ouvidos com os quais escutas são agraciados
Pela Música Celestial quando sabes que
O barulho das ondas, das tempestades
E dos trovões são a Voz de Deus
Clamando pelo Teu Coração.


A Boca com a qual comes, bebes e falas
É maravilhada com o Néctar da Vida
E das Palavras Doces quando sabes
Que a Divindade que há em Ti
É Mãe de todos os Teus Sentidos.


O Vento que te transpassa só Te acaricia
Com Sua Brisa Serena e Infestante
Quando sabes que este mesmo Vento que sopra
Em Ti, é o mesmo que sopra aqui e acolá.


O Coração que bate em Teu Peito é premiado
Com a Chama Ardente da Paixão quando sabes
Que sem este mesmo Coração Tu não viverias,
Ainda que estivesses vivo.


Tu, ó Ser Humano
És o Fruto dos Teus Labores,
És o Campo que precisa ser arado,
És a Planta que necessita de Água Pura,
És o Rio que deve correr para o Mar,
És o Vento que deseja soprar
Em todas as direções,
És o Pássaro que anseia
Voar na Amplidão do Céu.


Tu, ó querido Ser Humano
És o Templo da Beleza,
És o Amor da Natureza,
És a Paz no Coração,
És a Alma do Universo.


Tu, ó amado Ser Humano
És Tudo o que Sempre quisestes,
És Tudo o que queres Agora,
És Tudo o que Sempre quererás.







A REVELAÇÃO DO AMOR




GOTAS DOURADAS


Eu estava cego perante a Luz,
Correndo cansado do peso da cruz.
Então, apareceu uma Brisa no ar.


Essa brisa me fez levitar,
E amanheci delirando a cantar
Como um pássaro num lindo jardim,
Beija - flor num doce jasmim.


Tua Luz na escuridão fez brilhar
Esta Chuva de Gotas Douradas,
O Nascer de um Novo Dia,
A Visão do Horizonte Infinito,
Um Clarão de Paz e Harmonia.


O Amor que em mim se escondia
E a Paz que quase nunca fluia,
Fisestes desabrochar como flores,
Como flores em suave primavera.


Me ensinando a regar estas Flores,
Me dás Água de Gotas Douradas.
Estas Flores me dão muitas Cores,
Esta Água sara todas as dores.


Quero estar sempre ao Teu Lado
A escutar esta Música sem fim,
E Tuas Sábias Palavras que tocam
Um Violão dentro de mim.






O GOLFINHO DE PELE DOURADA


Na bela manhã de sol radiante,
Ao vento voa a Brisa Cativante
E na praia ondas quebram suave.


Do alto de um Seguro Rochedo
Avisto o Golfinho Dourado,
Saltando e nadando sem medo
No meio deste Imenso Mar.


Dotado de Olhos Brilhantes,
Enxergar muito além do Mar.
Com Sua Quilha, bússola infalível,
Vai guiando o Navio Dançante.


Entoando Seu Som Encantado,
Atrai todas as Aves do Céu.
Conhece os Ventos e Marés,
E Portos, Ilhas, Praias e Enseadas.


O Golfinho de pele dourada
E Seus Mágicos Olhos Brilhantes,
Vai na frente do Navio Dançante
A cruzar oceanos e mares.


Minha Canoa na Praia
Estava à toa, quase quebrada,
A desci ao Mar para navegar.


E remei até o Navio Dançante,
Para também cruzar oceanos e mares
Ao lado do Golfinho Dourado.






UM DESPERTAR COLORIDO


Paisagens abertas
E cheias de Cores,
Coloridas de Flores.


Matizes despertas
De um atento Farol,
Moinhos de um Sol.


Paisagens abertas
Com suaves olores
E Semblantes senhores.


Matizes despertas
E redondezas de um Atol,
São Alegrias em rol.






A VERDADE


No rosto puro
De uma Criança
Eu vi a Verdade
Sorrindo para mim.


Desprezada pelo bicho – papão,
Desgarrada pela dureza
De múmias semi – vivas.


Eu A abracei
Pelo simples prazer
De tê-la em meus braços.


À cada dia contínuos Ocasos
Cada vez mais lindos
De Sol radiante
Que é sempre o mesmo.


A Verdade pura
Sorrindo para mim,
Estampada no rosto
Puro de uma Criança.






O CAMINHO


Mais uma Porta foi aberta
Com destino àquela Paisagem,
Com o Desejo de Ser e Fazer
As coisas como elas são.


Não quero voltar
Atrás, pois, seria
Literalmente insensível.
Agora e Sempre Caminhar.


Caminhar e Voar até Iluminar
E Compreender os Fatos Exatos
Verdadeiramente como sempre
Foram e sempre serão.


Este Desejo oculto aos olhos cegos,
Mas, óbvio ao Coração silencioso,
É Fruto de um Poder maravilhoso
E milagroso que cada dia torna-se mais
Poderoso por força deste mesmo Desejo.


Estão, continue caminhando,
Voando e semeando
Pelo Caminho, e mais
Portas se abrirão.


E continue olhando
Nos lados e à frente.
Purifique o Caminho,
E mais Portas se abrirão.


E continue desejando
E sustentando o Caminho,
Não desista Dele por nada,
E mais Portas se abrirão.


E quando avistares a Mais Linda
Das paisagens, de Eterno Clarão,
Contemplarás a Beleza oculta
Em tudo que se fez Realidade.






PÁSSAROS DA IMENSIDÃO


Pássaros a cantar numa Aurora sem fim
Melodiosos Cânticos e Alegres Serestas.
À cada árvore e à cada canto, enfim,
Uma Emoção tamanha, Verdadeira Orquestra.


Faça chuva ou sol, Eles não têm pressa,
São abençoados pela Vida que os guia.
Restando apenas o Desejo de cantar à Messe
E a Vontade de abraçar o dia.


Com apenas duas asas, porém, um Coração,
O que eles querem é voar e cantar.
Não sentem mede de altura, nem têm aflição,
Esguicham o peito e cantam, para a Vida lhes amar.


Voam conforme a Brisa do Momento,
Seus relógios são o sol, a lua, o sono e o estômago
Felizes assim viajam, e tomando o Alento
Vão nas Asas do Vento a adornar Seu Perpétuo Âmago.


Pássaros Selvagens voando na Imensidão,
Livres de pesos, não se arrastam como as cobras,
Eles têm o Céu Azul, longe desta civilização...


(...)


Olhe Seu Balé,
Conheça Suas Obras
E escute Sua Canção.






NOITE ESTRELADA


No meio da Noite Estrelada
Está a mais Bela Solidão,
Ao lado da mais Bela Companhia
Que nos embala em Seus Braços,
Nos consola com Carinhos Siderais
E nos abraça com Cores Magníficas.


(...)
Está Aqui a Todo Instante nos querendo
E soprando Belas Melodias ao vento.
Quão prazeroso seria, para sempre
Estar junto desta Beleza.






SERIA DO MAR IEMANJÁ


Uma Linda Mulher Pura,
Sem pudor e sem nenhuma dor,
De cabelos soltos ao vento,
Dança na Praia da Imensidão.


Dança ao Som de um Tambor
E de um Violão e uma voz, num Lual
Ao redor de uma Grande Fogueira.


É Sereia do Mar Iemanjá
A dançar em Suaves Compassos,
Venerada pela Luz da Fogueira.


E os Seres que cantam ao Lual,
Enfeitiçados por Eterno Carnaval,
Dançam aos Pés da Sereia do Mar,
Mulher e Deusa livre, Iemanjá...


(...)


Livre Iemanjá, livre
A nadar nas Águas desta Maré.
Livre Iemanjá, livre
A flutuar na Brisa deste Vento.






SENTIR


Sentir no Coração a Pureza
De outro Coração e deleitar-se
Com Círculos de Luz de Eterno Feito.
Feito Eternos Amigos do Peito adorando
O Sagrado Oráculo, Aquele que pacificamente
Deduz este Céu Imáculo e sem obstáculos
Que provém de outro Céu que é o mesmo
Intacto e Misterioso Véu.


Eu quero estar neste Átrio Amado,
Imaculado e Venerado que penetrado
Por outro é o mesmo Átrio Sagrado,
Templo de Beleza notável
Aos olhos e ao tato.


Quero caminhar por este Caminho
Que vai dar no Começo e no Fim de Tudo.
Caminho Lindo e Simples q nos leva
A esse Belo Enredo que eleva.


Paixão Ardente e Sincera que esmera
Ser amada com a mais Pura Clareza
E ser desejada profundamente de dia
E de noite, sem dor, mas, como a flor
Deseja tão intensamente desabrochar.


Eu quero estar nesse Amor o qual
Procuro, quero estar nesse Amor
Que sempre me procura.
Esse Amor não está longe, não,
Eu estou Dentro Dele
E Ele está Dentro de Mim.






QUANDO A VIDA


Quando a Vida falar baixinho
Em teus ouvidos, fique quieto
E escute tudo atentamente.
Pois, Sua Voz é doce,
Fiel, amiga e verdadeira.


Quando a Vida te der um Choque
Elétrico de Amor, abra teu
Coração e receba essa Graça.
Pois, é sinal que Ela te ama,
Te protege e te quer.
Quando a Vida te pegar ao Seu Colo
E te embalar ao Som de Cantigas
De Ninar que Ela mesma canta,
Abra teus braços para Ela, feche
Os teus olhos e abra teus ouvidos.
Pois, Ela quer te levar a um Berço
Encantado que Ela fez pra ti
E que tu sempre quisestes estar.


Quando a Vida te disser para calar
A boca, cale-se também em pensamentos.
Pois, Ela quer te falar de Cascatas,
E Jardins, e Por - do – Sol, e Estrelas,
E Pássaros, e Lua, e Lagos, e Crianças
Brincando e Poemas de Amor.


Quando a Vida te disser para que tu
Não te mexas, torne-se uma pedra.
Pois, Ela quer fazer você voar
Como um Pássaro na Imensidão.






DO JARDIM DA PRIMAVERA


Grilos entoam Suas canções
Melodiosas no Silêncio da Noite.
Vaga – lumes iluminam com Suas Luzes
Primorosas a imensidão escura.


No Jardim da Primavera
Há uma Criança sorrindo e brincando,
O Vento balança as Árvores e as venera,
Pássaros neste Sertão estão cantando.


Sinta o Vento ventando,
Ouça a Água correndo,
Veja a Estrela no Céu,
Cheire a Flor, prove o Mel.


Há uma Criança
Sorrindo e brincando
O Jardim Primavera.






SONHO DE CRIANÇA


Num Lindo Sonho de Criança
E na Pureza de um Sincero Sorriso,
Chora as Águas da Lembrança,
Num Momento tão Divino e preciso.


Nesses Lábios de muitas Risadas
E nesses Olhos de muitas Lágrimas,
Dança a Criança querida e amada,
Chora a Criança Bela – Dádiva.


Estar brincando de verdade na Vida,
Pulando e cantando, sorrindo e vibrando
Pela Alegria de continuar na Lida,
Com a Euforia de continuar amando.


Chora e sorria, embora um Dia
O Chorar e o Sorrir se unam
Para sempre numa Linda Melodia.
Que o Viver e o Brincar se fundam
Numa Eterna Harmonia.






SER HUMANO


Sou daqui e sou de lá,
Sou de qualquer lugar.
Vivendo feliz nesta era
E caminhando sobre esta Esfera.


Africano ou Asiático
Ou Europeu ou Americano,
Nada disto importa,
Pois, sou um Ser Humano.


Não importa a nação,
A cor, a língua ou a religião.
Pois, isto nem sempre existiu
E nem vai durar para sempre, não.


Não importa a cultura,
A roupa, o jeito ou a educação.
Pois, somos todos juntos
Um Sentimento num só Coração.






FONTE DE INSPIRAÇÃO


Que lindo é ver o mar,
Todo o céu azul,
Um barco a navegar
E a lua a me guiar.


É feliz quem tem um Lugar,
Quem tem Amor para doar,
Sem mesmo ser amado
E sem existir pecado.


Um objeto identificado
Não é disco voador,
Apenas um Sentimento
A vagar pelas Estrelas.


Não existe outro lugar
Onde o Amor possa brilhar,
Além da Areia do Coração
Onde piso os meus Pés Calejados.






SOU O QUE SOU


Eu sou Aquele que Eu quero,
Eu sou Aquele que Eu amo.
Sempre foi assim,
Desde que eu lembro
Sempre foi assim.
Que Maravilha, pois,
Não preciso nada
Mais além de Mim.


Eu sou este que sempre
Está Aqui comigo
Em todos os Momentos.
Eu sou este que me acaricia
Quando não vejo nada mais,
Nem ninguém mais além de Mim.


Eu sou Aquele que Eu sempre quis,
Eu sou aquele que Eu sempre amei.
E Agora não é diferente,
E sei que nunca o será.
Eu sou este que Eu sou,
E ninguém mais pode ser
Por mim, além de Mim.


Eu estou Aqui para Mim mesmo
Quando as coisas se complicam.
Então, já tudo explico
Para Mim mesmo:
Eu sou Eu para Mim mesmo.


Eu sou Eu para Mim mesmo,
Mas, muitos andam por aí
Que são Meus Espelhos.
Eles são por Mim.
Eu sou por Eles
E somos por Nós mesmos.


Eu olho para Eles e Me vejo,
Eles olham para Mim e Se vêem.
E assim, sem palavras
Nos olhamos e Nos queremos,
Nos buscamos e Nos amamos.


Eu sou Todos Nós para sempre,
E nenhuma ilusão disfarçada,
Nem nenhum sonho tolo,
Nem ninguém nos tira de Nós.




APENAS O QUE SOMOS
Nós somos esse Desejo
Sedento de Viver,
Somos essa Vontade
De Eterna Felicidade.


Nós somos essa Paixão
Pelo Ser Divino,
Somos esse Tempo
Do Amor Verdadeiro.


Nós somos essa Intensa Vontade
De mais Vontade de Saber.
Somos esse Tamanho Desejo
De mais Desejo de Viver.


Nós somos essa Glória
Que provoca uma Sede
Profunda em nosso Ser.
Somos esse Ser que quer
Ser cada vez mais
Consciente do Divino.


Nós somos a Vida pulsando
Em nosso Coração,
Somos esse Balanço
Que não pára de vencer.


(...)


Nós somos Luz,
Som e Calor.
Nós somos Paz,
Glória e Amor.







EXPRESSANDO UM SENTIMENTO





PARA TODOS NÓS, SEMPRE


Do quê mais eu devo falar
Senão da Beleza?
Esta Beleza sem tristeza
Que faz nosso Coração amar.


Não quero outra coisa comentar,
Pois, sem sentido o resto restou.
Pelo Motivo que finalmente Sou,
Eu Vivo, tempo perdido é blá – blá – blá.


Sem pressa a Messe está pronta,
Então, sem pressa chego perto,
Pois, o Caminho faz tempo que foi aberto.
Ganho a Passagem por minha conta.


Como o vento sopra na folhas
E as balança com Mágica Melodia,
É assim comigo tal Cantoria.
E uma Chuva vem e me molha


Meus olhos se põem a olhar
Essa Chuva que cai refrescante,
Uma Unidade de Amor Delirante.
Este Lago desta Chuva quero contemplar.


Perdido em Mim me encontro.
Então já não quero achar nada mais.
Muitas palavras delimitam tais,
Basta um Coração se olhar noutro.


Sem glórias perdidas e ilusões alheias,
A Sempre Glória nunca se perde.
Quando se parece estar inerte,
Se voa num Céu Azul em freios.


Arreia tudo o quê seguras
Nas mãos e peça o Troco
D’Aquele que é Tudo e nunca é oco.
Arreia das mãos tolices e feiúras.


Não me pare, nem me peça
Para parar, porquê não quero,
Falar da Vida muito esmero.
Não me deixo atuar numa peça.


Estou na Caravana de noite e de dia.
A Passagem de tal foi doada
Com Carinho e bem lavrada.
Por isso, viajo com Euforia.






INFINITA GRATIDÃO


Se as coisas que faço
Não fossem para você, Meu Amor,
Quão amargas seriam tais coisas.


Se este Céu Azul e Límpido
Não estivesse aí a brilhar, de quê
Valeria para os pássaros possuírem assas?


Se tudo o quê falo
Não fosse pronunciado em Teu Nome,
Quão vã e abafada seria minha voz.


Os pássaros cantam, talvez
Disputando comida e território,
Mas, que lindo é ouví-los.


Se tudo o quê vejo
Não fosse Tuas Molduras,
Preferiria estar cego.


As Crianças olham
Em volta e nada vêem, senão
O Reflexo d’Elas mesmas.


Se tudo o quê escuto
Não fosse Tua Música,
Preferiria estar surdo.


Teu Murmúrio Infinito
É tão Lindo e Absoluto, porém,
Não existe nenhum arranjo prévio.


Se a escuridão que há em mim
Não fosse afastada por Tua Luz,
Melhor seria não existir.


Quando o Sol se põe vem a escuridão.
Mas quando chega o Verão, até mesmo
Na escuridão se sente o Calor do Sol.


Se meu Coração dependesse de mim
Para existir, talvez eu seria uma pedra
Na praia sitiada pelas ondas do mar.


Que bom é esse Teu Vento
A soprar as Folhas de minha Árvore.
Que Balanço Incrível que me dás.


Muito Obrigado!






AGRADECIMENTO


Não quero viver
De falsas esperanças,
E não quero mágoas
E nem más lembranças.


Apenas quero viver,
Respirar deixar
Meu Coração bater.


Não estou em busca
De um lugar,
Pois, meu Coração
Já é meu Lar.


Fecho a Porta às ilusões
E vivo cada Momento.
Já não existe solidão.


(...)


Agradeço o Prazer
De Estar Vivo,
Agradeço este Ar
Que eu respiro.






TODO DIA


Todo dia é Dia
De Ser Feliz,
Todo dia o Sol
Brilha pra você.


Todo dia é
Um Feliz Natal,
Todo dia você
Ganha um Presente.


Todo dia é
Teu Aniversário
Todo dia é
Dia de Viver.


Todo dia é
Um Bom Negócio,
Todo dia você
Acerta uma Loteria.


Todo dia é
Um Bom Dia,
Todo dia é dia
De Ser Feliz.






ARTE – MOR


Tudo pela Arte,
E a Vida que se farte
Da Arte, Arte – Mor.
Levantai as Espadas de Thor,
Agradai o Espelho e o Suor.


Veja a Flor caída ao chão
Que se levanta e voa
Pelo Espaço Sideral.
Não é coisa banal
Que se levante a Flor,
E voe e resplandeça a Cor
E apague a dor banal.
Não é coisa corriqueira
Não, é Vida, é Flor,
É Arte fazendo Arte, é Cor.


A dor se queima com palha
Ao fogo, se torna cinzas ao vento.
E o alento de todas as coisas,
De flores, de cores e de olores,
Que sempre foi Rei de todos
Os Homens, se torna Ouvidos
De todos os clamores, e se torna
Médico de todos os horrores.
Então que vivam as Flores.


(...)


Caminhar livre de Pés Descalços
É como voar com Asas de Ouro
E se molhar na Chuva de Prata.
E que viva a Nata da Vida Farta,
Arte – Mor da Arte...






DOCE VIOLÃO


Violão que faz uma Doce Canção,
A Mão que toca as Cordas da Paixão.
Música aos ouvidos de quem ama,
Nota, Tom e Sinfonia
A cantar na Alegria de Suas Chamas.
Lindo Som, que Melodia,
Isto sim, trás Harmonia.


Violão que chora, ri e adora,
Por Ele cantaria á toda hora.
E porquê não á toda hora estar cantando?
Contemplando Lindas Notas a todo Instante,
Nessa Imensidão Sonora estando
A desenhar tal Pauta de um Amante
E arpejando tais Cordas Cativantes.


Violão que lustra a Poesia
E nos atrai com sua a Sua Vital Alquimia.
Doces Palavras no Coração cantadas,
Sorriso traduzido aos ouvidos,
Eterno Momento de Cores Faladas,
Mistura Elegante de Cânticos Floridos...
Isto sim, abafa todos os ruídos.


Violão das Noites Claras de Luar,
A cantar a Alegria de Amar,
Viver, Sonhar, Aprender e Ensinar...






SABER VIVER


Saber Viver é saber querer a Vida,
Como um pequeno riacho deseja
Tanto correr para o oceano
E se perder em sua imensidão


Saber Ser Feliz é saber que a tristeza
É sonho alimentado por ilusões,
Como um menino que constrói um castelo
Na areia da praia, porém, sabendo
Que inesperadamente as ondas
Do mar o destruirão.


Saber Amar é saber se entregar
Sem medo para o Amor, como um pássaro
Que confia o bastante em suas asas
Para atirar – se de um alto penhasco
E voar no infindável azul do céu.


Saber Conhecer é saber ouvir
Atentamente o quê a Natureza
Tem a nos dizer, como o cão fiel
Que vigia dia e noite a casa
De seu dono, e não o engana
Nenhum estranho ruído.






ILHA DA PRIMAVERA


Embarco neste Barco,
Hasteio Sua Vela
E deixo que o Vento O leve
A aportar na Ilha da Primavera.


Já escuto os Tambores de Ogum,
E no Balanço do Mar, Iemanjá.
Ilha da Primavera de Exu,
É Beleza do Mar de Iá-Iá.


(...)


Deixa soar o Tambor
E vamos dançar com Iô- Iô.






NAVEGANDO TRANQUILO


Eu Aqui neste Lindo Barco,
Navegando por todos os Mares possíveis,
Vou tratando de fazer com que
Minhas Pescarias sejam boas.


Neste Mar Tranqüilo de Ondas Suaves,
Ao lado de um Sol Radiante,
Uma Lua Brilhante e uma Brisa Serena,
Vou navegando sem pressa, e deixando
Que as Correntes me levem
Para a Ilha da Alegria.


Claro que algumas vezes, em meio
A todo este Clima Agradável, surge
Um frio trazendo alguns ice – bergs.
Mas, tudo bem, o Navio em que estou
Embarcado é corta – gelo
E corta – tempestades. Enfim,
É anti – intempéries.


Bom, fico por Aqui, na Guarita
De Meu Barco, de olho neste Imenso Mar,
Torcendo para quê o Teu Barco
Passe próximo ao Meu.
Saudações!








A PASSAGEM DO TEMPO




A SEMENTE


... Quando o vento passa,
As folhas secas caem.
Quando o Tempo voa em Sabedoria,
A Vida se engrandece...


Porquê perder tempo
Com coisas perdidas?
Melhor, bem melhor
Viver a Vida e colher
Agora os Frutos
Desta Estação.


A Semente já está semeada,
Faz muito tampo que já estava,
Sempre esteve semeada.
A Semente só espera ser regada
Com a Água da mais Pura Fonte:
O Coração...
... Não é imaginação, não é
Sonho perdido e nem ilusão.
É Luz, Coração e Sentimento.






AQUI E AGORA


Eu estou Aqui e Agora,
Neste Exato e Lindo Momento.
O Vento move as Folhas da Vida
E o Mar balança as Ondas do Coração.


A Terra de nossos Ancestrais,
Agora a possuem os Viventes.
Vamos buscar o quê se perdeu
Destruindo este mundo cruel
Que nós mesmos criamos.


Nós estamos Aqui e Agora,
Neste Momento Gracioso.
Até mesmo as pedras podem
Nos dizer a Verdade:
Este Sol que irradia Aqui
Dentro de Nós quer brilhar.


Nem mesmo pensamentos
De mil turbilhões
Podem destruir este Sol.
Deixe que os Raios saiam
De Dentro de Ti...






ABRIR OS OLHOS DO CORAÇÃO


O Tempo voa tão rápido
Que não conseguimos ver
Aonde Ele está nos levando.


Mas estamos indo, estamos viajando
Através deste Tempo que não é
Passado e nem futuro, pois, acontece
Agora neste Exato Momento.


Neste Momento presente
Que é um Presente dado
Com Extrema Generosidade.


E não aprendemos ainda, a olhar
Nesta Visão, nesta Perfeita Visão
Da Vida que o Coração pode ver.
A olhar o Agora que nos
Transporta em Sua Cauda
Com destino ao Infinito.


E o Ser Humano sempre se perguntou:
- Posso viajar com o Infinito?
Ou ficarei para sempre escravizado
Pelo passado e preocupado
Com o futuro?


Deve esquecer o passado e o futuro,
E confiar neste Momento chamado Agora.
E não prender correntes pesadas em minha
Alma que a impedem de voar.


Vejo muitas pessoas correndo atrás
De coisas inúteis em nome da Felicidade.
Mas, no final dessa corrida louca
Todos ficam com seus corpos
Cansados e seus Corações vazios.


Vejo pessoas paradas, com suas mentes
Viajando em mil sonhos sem pé nem cabeça,
E seus Corações e suas Mãos ambos
Vazios de Amor e Esperança.


Porém, por detrás deste mundo de ilusões,
Existe uma Felicidade Verdadeira
E Suprema que sustenta toda a Base
Da Vida, e protege todos os seres
Viventes com Sua Energia e Seu Amor.


Existem também algumas pessoas que graças
A este Poder, graças a este Amor, sabem
Que não lhes resta outra opção, senão
A de estarem agradecidos por esta Vida,
Agradecidos por cada Respiração
Que entra em suas narinas.


Estas pessoas também sabem
Que esta Vida é maravilhosamente
Bonita, Generosa e Bondosa.


Para estas pessoas, assim como deveria
Ser para todos os Seres Humanos,
A melhor coisa a fazer é abrir os Olhos
Do Coração e mergulhar no Oceano do Infinito
Com Devoção, com Confiança e com Gratidão.






GERAÇÕES


Sangue de filho, de pai e de Avô,
Que vem do Suor das mães e avós,
Carne da Terra, da qual todo provém.
Universo de Vida e de Cores, Semblante
Da Respiração e de dores saradas
Com Ar Puro, Vibração e Coração.
Coração que toca uma Canção que diz
Que quer mais Canção, e que
Chora pela Verdadeira Alegria.


Ah! Terra de nossos avós,
Conterrâneos de passados longícuos.
Ah! Terra de nossos descendentes
Que virão, triunfarão n’Ela,
A amarão e doarão seus Corações
A outros Corações que saberão
O quê se deve realmente saber.


Mas, aqueles que já sabem,
Sabem que nada sabem,
E querem saber mais, pois,
Isto é Tudo para eles.
Destes dependerão os que virão,
E verão a Si mesmos.


Ah! Terra de Antepassados,
De Presentes e de Descendentes,
Nós Agora somos todos esses,
Sempre seremos Nós.






SOL CONSTANTE E VENTO FORTE


Estátuas de barro adornadas
Pelo brilho falso do findável,
São rejeitadas, ridicularizadas
E destruídas pelo Vento
Que passa atento ao Momento
Que se entrosa.


Vento Forte arrasta tudo
O quê é de barro.
Seu Irmão Sol derrete
Tudo o quê é de vidro
E se quebra e se derrete.


Sol Constante e Vento Forte
Estão no sul e também no norte.
Adeus estátuas sem sorte,
Pois, sangue falso corre
De seus profundos cortes.
Então, satisfeito, contemplarei
Suas horrendas mortes.






SEM MEDO


Em cada mudança
Resta sempre a Herança,
Aqui Dentro o espelho
A refletir um Conselho.


Vagando no Páramo
Onde sobressai o Àlamo,
Armo minha Tenda
E aceito a Sagrada Oferenda.


Vou na Caravana de noite e de dia.
Ao caminhar nesta Linda Estrada,
Vejo que o Mestre deixou Suas Pegadas
E sei que aqueles que as virão,
Perfeitos se sentirão.


Neste Tempo que passa voando
Fica somente a Vida atuando.
Eu sei que Ele sabe o quê faz,
Sei também que Alegria me traz.


Não deixo que o passado atrapalhe,
Pois, o Momento Agora é que vale.
Deixo o Caminho livre de pedras,
Pois, o Tempo voa,
Então seguro em Suas Rédeas.


A Vida sabe o quê faz, sorria,
As coisas que Ela diz alivia.
Amanhã? Não, pois, Hoje já é bom.
Viver para mim é o mais Puro Bom.


(...)


Cantando alegremente
Vou semeando pelo Caminho,
Deixo fluir a Vertente,
Sabendo que não estou sozinho.







A VIAGEM DO INFINITO




LIÇÃO PRIMEIRA


Este Tempo já está passando,
Passando, correndo, voando...
Tudo o que é de barro e é fraco
Se acabará, passará...
Mas o Tempo continuará passando.
Passando, correndo, voando...


Não somos feitos de prata
E nem somos feitos de ouro.
E um Dia, parte de nós
Se acabará, passará...
Tudo o quê pensamos ser nosso
Teremos que abandonar, querendo
Ou não, é assim, foi e sempre será.


E Aquele que é Infinito sobreviverá,
Pois, é Perfeito e está
Em toda parte,
Na Terra, no Fogo,
Na Água e no Ar.






ESTENDA TUAS MÃOS


Junta-se ao Todo
Como um Abraço.
Apenas só Ser Eu
Junto de nosso Ser:
Eu, as Ondas, o Vento,
As Folhas, o Sol, o Som...
Junta - se ao Todo
Num Eterno Abraço,
Numa Imensa Carícia.


Querer estar assim
Neste Estado de Atração,
Onde Eu sou as Folhas
E o Vento me balança,
Onde Eu sou o Mar
E o Sol me banha.


(...)


Dar as mãos num
Círculo Infinito
De Eterna Paixão.






O POR - DO – SOL


O Por - do - Sol
Cor de laranja - dourado,
Belo Astro - Rei.
Céu azul - cintilante
Espelha a terra
Também azul - verdejante


Verde te quero verde
Nas Matas e Florestas,
Rios e Lagos artérias da Terra,
Gaivotas voam no alto,
Um Mar de tamanha Beleza,
Quê Esplendor...


Meia - Lua prateada
No Céu do Entardecer
É espalhada por um Lago.


Um Índio acende uma Fogueira,
Anunciando que a Noite
Já vem chegando.
E as luzes do Dia vão
Se apagando para dar lugar
Às luzes da Noite.


Estrela D’ Alva aparece
Solitária no Céu, anunciando
Que as Trevas engolirão a Terra.
Bichos noturnos: Corujas, grilos
E crenças assombram a escuridão.


E o jovem Índio procura
A Sua Oca para dormir
Seu merecido Sono.






PARA SEMPRE


Agora vou Dormir,
Para depois Acordar.
Agora vou Acordar
E Recordar de Tudo,
Para depois Dormir
O Sono que me deixa
Desperto de Tudo
À Minha Volta,
O Sono que me deixa
Desperto de Tudo
Dentro de Mim.


Faz Tempo que durmo.
Porém, para Sempre acordarei,
Para Sempre recordarei,
Para Sempre...
















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